domingo, 16 de novembro de 2008

Perdi uma palavra


Não sei onde guardei aquela palavra que ia dizer.


Fugiu para dentro de outro texto que ainda não começei a escrever.


Hoje, esteve um dia bonito que trouxe aos meus olhos o infinito de um sonho que comecei a semana passada.Hoje ganhou mais alegria não sei, porquê? Já não procuro perceber tudo o que me surge, e isto, não é da idade.


Isto é da vida que vai passando sob a ameaça de todos os dias serem diferentes.


Como nada se garante com o futuro e já não se recomenda o passado,a palavra, continua lá.


Está na ultima página do livro de cabeceira, se não estou enganada.


Hoje esteve sol.


Adoro o sol, a sua energia rara.


Adoro o sol de inverno e esta sensação de estar com alguém quando estou comigo.


Já passaram estas palavras e continuo sem encontrar a que perdi.


Perdemos muitas outras coisas na vida:objectos, pessoas, dias, anos e com o tempo aceitamos que as coisas tiveram de ser assim e que de nada vale tentar mudá-las porque também elas se perdem de nós.


Sei que ela, a palavra, anda por aí só não consigo ler o seu refúgio.


Qualquer dia ela aparece ou quando menos a esperar encontra-a sozinha.






sábado, 1 de novembro de 2008

Gosto de TI Lisboa


Começamos sempre uma frase com uma intenção: informar;afirmar;declarar;acusar;intimidar e mais mil e uma formas de exprimir complexamente a simplicidade dos nossos sentimentos.
Hoje falo com um maior conhecimento de causa pois devido ao meu trabalho fui também obrigada a fazer um trabalho interior muito intenso para me tornar uma comunicadora mais pragmática.
Há dias que o sucesso do trabalho esmurece.
Nem sempre estamos bem mas esforçamo-nos por alcançá-lo.Faz parte da vida.Dias bons dias maus.
Nestes úlimos tempos, tento viver o dia-a-dia como uma lição de um livro que será sempre um ensaio sobre o estudo desta aprendizagem tão dificil: a vida.
Aqui neste lugar, chamado mundo consumado pelo quadro apático de uma sociedade a morrer lado-a-lado ás suas convições existencialistas vejo-me e revejo-me em momentos que só eu reconheço.
Com esta nova forma de olhar a vida,por mais forma que ganhe,ganha mais a atitude na forma.
Os sonhos continuam lá mas as ilusões esfumaram-se depois de tanto descontentamento isto para ser mais simpática sem lhe chamar pelo nome.
Ainda ontem fui jantar sozinha,confesso que há dias que me agrada,ao meu lado um casal discutia cordialmente.
Ele nada lhe queria prometer, ela reclamava antigas promessas.
No fundo ela sofria.Julgamos sempre que sofremos com a rejeição e no meio não gostamos nada de aceitar a honestidade do outro.
Fez-me pensar isto.
Voltei a uma cidade que em tempos escolhi para me refugiar exactamente da honestidade ou não de alguém.Fiquei sem saber.
Hoje adoro a individualidade que me dá,a modéstia e a normalidade.
Gosto de TI Lisboa.