
Não sei onde guardei aquela palavra que ia dizer.
Fugiu para dentro de outro texto que ainda não começei a escrever.
Hoje, esteve um dia bonito que trouxe aos meus olhos o infinito de um sonho que comecei a semana passada.Hoje ganhou mais alegria não sei, porquê? Já não procuro perceber tudo o que me surge, e isto, não é da idade.
Isto é da vida que vai passando sob a ameaça de todos os dias serem diferentes.
Como nada se garante com o futuro e já não se recomenda o passado,a palavra, continua lá.
Está na ultima página do livro de cabeceira, se não estou enganada.
Hoje esteve sol.
Adoro o sol, a sua energia rara.
Adoro o sol de inverno e esta sensação de estar com alguém quando estou comigo.
Já passaram estas palavras e continuo sem encontrar a que perdi.
Perdemos muitas outras coisas na vida:objectos, pessoas, dias, anos e com o tempo aceitamos que as coisas tiveram de ser assim e que de nada vale tentar mudá-las porque também elas se perdem de nós.
Sei que ela, a palavra, anda por aí só não consigo ler o seu refúgio.
Qualquer dia ela aparece ou quando menos a esperar encontra-a sozinha.